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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rompendo Barreiras



Era manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um bispo de uma determinada região da grande São Paulo, dirigia-se para o seu local de trabalho.
Passando em frente a uma igreja, resolveu entrar. Ajoelhou-se no último banco, no vazio do templo,fazia sua oração cheia de vida, dialogando com o Divino Pastor de seu rebanho. De repente ouviu ressoar uma voz de alguém, cuja presença não tinha percebido:
-Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Ele olhou para os lados, depois para frente e viu uma pessoa sentada nos degraus do altar. Levantou-se para averiguar melhor e ouviu novamente:
-Escute, venha aqui. Venha ver a rosa. Embora sem entender, dirigiu-se até a frente e percebeu que sobre o altar havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e pôs-se a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu:
-Venha ver a rosa. O bispo não conseguindo atinar com o que ele queria, respondeu-lhe:
-Sim, eu estou vendo a rosa. Por sinal muito bela. Mas o homem não se conformou e apelou mais uma vez:
-Não, sente-se aqui e veja a rosa.
Diante daquela insistência, o bispo ficou um tanto constrangido e perplexo. Quem seria aquele homem maltrapilho? O que desejaria ele com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, nos degraus do altar junto com ele? Qual poderia ser a reação de quem fortuitamente entrasse na igreja e visse aquela cena? O que iriam pensar vendo-o sentado junto aquele homem?
Vendo, porém na pessoa daquele apenas uma pessoa humilde e sem maldade, quebrou o protocolo de sua exaltada posição episcopal e sentou-se ao lado do homem. Este então exclamou:
-Veja, veja agora a rosa. De fato, era um espetáculo todo diferente, contestou o bispo.
Exatamente daquele lugar onde sentara, daquele ângulo, via-se a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de um arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de luz do sol que vinha de uma das janelas do altar da igreja e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um colorido todo peculiar sobre aquela rosa, conferindo-lhe os fascinantes efeitos visuais de um arco-íris. O bispo então exclamou:
-Foi a única rosa em cores de arco-íris que eu vi em toda a minha vida.
Convenceu-se, entretanto que só podia vê-la assim daquele ângulo, sentado nos degraus do altar, junto daquele homem simples e enigmático. Se não tivesse tido a coragem de se colocar onde estava, de romper preconceitos e até se humilhar, jamais teria conseguido "ver a rosa", num espetáculo tão maravilhoso.
Esse fato trás uma mensagem, que vem a ser a motivação dessas nossas reflexões. Muitas vezes é preciso olhar o outro de um prisma diferente do nosso.
O amor assume coloridos diversificantes, basta termos a coragem de nos deslocarmos do nosso comodismo, de romper com os nossos preconceitos, para podermos ver a pessoa do outro de um modo diferente e novo. Se conseguirmos fazer isso, poderemos ver uma rosa escondida no ser do outro, nas pessoas que muitas vezes você não acha que seja interessante olhar, mas para isso, é necessário que você saia de si mesmo, que se disponha a deixar o orgulho e sentar-se em um lugar incômodo, de deixar de lado a vaidade e as convenções sociais, agindo assim, você conseguirá "ver as rosas" nos outros, você conseguira ver muitas coisas que até então não havia percebido.
Você esta sendo convidado a realizar esta experiência. Sem duvida isto pode custar um pouco, não é fácil modificar nossos arraigados preconceitos. Às vezes é aparentemente impossível, mas se você tentar, você vai ver que o outro tem um colorido diferente, você vai ver que ele tem muitas coisas boas e belas pra te oferecer.
Se você fizer esta experiência hoje, talvez sua vida possa ser uma rosa diferente, por isso, "Venha, Venha ver a Rosa".
Autor: desconhecido

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